O exemplo de São José foi o que marcou os dias subsequentes da novena do santo carpinteiro. As reflexões que foram feitas pelos padres participantes abordaram aspectos da vida do padroeiro tijucano.

O sexto dia da novena, 27 de abril, o pároco, Pe. Vinícius Idefonso Campos, presidiu a Santa Missa e conduziu as orações da novena em honra ao santo protetor da Sagrada Família. Em sua homilia, Padre Vinícius relembra o salmo do dia, comparando com a vida de São José. “É feliz quem na lei do Senhor Deus vai progredindo. Nós temos São José como nosso guia, como aquele que nos ensina a fazer sempre a vontade que vem do alto, a ir vivendo cada vez mais a lei do Senhor.”

No dia 28 de abril, sétimo dia da novena, a presidência da celebração eucarística foi feita pelo Vigário Geral, pároco da Catedral Basílica e administrador paroquial do Senhor Bom Jesus do Monte, Pe. Geraldo Magela da Silva. O sacerdote, em sua homilia, trouxe a importância de bem aproveitar esse tempo de pandemia e de quarentena para voltar ao essencial. Lembrando assim a essencialidade da fé: “Nós que temos tanta facilidade em celebrar nossa fé, em nos reunirmos, o Senhor está a nos provar para aprendermos o que é essencial. É um tempo, creio eu, que sairemos renovados. Fortalecidos na fé. Procurando viver o que é essencial”.

No penúltimo dia da novena ao pai adotivo de Jesus, a paróquia do Tijuco recebeu o reitor do Seminário São Tiago e vigário da Paróquia da Catedral, Pe. Javé Domingos da Silva, para presidir a santa Missa. Em sua homilia, o reitor relembrou a importância de ver Jesus com os olhos da experiência. E completou: “quem vê Jesus (verdadeiramente), dá o passo para crer em Jesus.” “Para o crer, o ver não é simplesmente prova ou verificação. O ver, para a fé, é aquele ver da profundidade.” Assim, Pe. Javé apresenta São José como aquele que crê. Ao relembrar a fuga para o Egito, disse: “mesmo não vendo, e mesmo vendo talvez sob a neblina que encobria seus olhos, talvez se apoiando apenas na honestidade de sua fé, José acreditou”.

Chegado o fim da novena preparatória, o pároco, Pe. Vinícius Idefonso Campos, relembrou em sua homilia, os anos passados em que os fiéis acorriam à Igreja Matriz para prestar sua homenagem ao santo padroeiro da comunidade paroquial do Tijuco. “Nós podemos com o nosso coração contemplar essa cena que já vimos em tantos anos passados. O nosso dia primeiro de maio, com a Igreja repleta, cheia, tantas pessoas alegremente convivendo em torno da Igreja, celebrando a fé; seja os idosos chegando com toda a sua sabedoria de vida, com toda sua colaboração doada a essa paróquia; seja a bonita missa das crianças com toda sua inocência, toda sua alegria celebrando São José; seja a alegria da tarde sempre festiva, alegre; seja a grande procissão de São José onde todos que querem se achegam, se fazem presentes, crianças, jovens, idosos, famílias, visitantes. Todos se juntam, se misturam e vão alegremente seguindo os passos do andor. É um dia muito alegre, um dia muito festivo para todos nós tijucanos que vivemos essa alegria, que vivemos essa fé dia após dia.”

E assim concluiu. “Mas este ano foi-nos pedido um outro modo de celebrar: um modo comprometido com a vida. [...] Porque infelizmente lutamos contra um inimigo invisível. Mas não deixamos de celebrar nosso padroeiro, não deixamos de celebrar a nossa fé. E o nosso coração até cheio de fé, pode ficar apertado, pode sentir bem no fundo às vezes a tristeza de não celebrar no dia primeiro como queríamos, [...] com portas abertas”. Após a Santa Missa, foi rezadas as orações do último dia da novena em honra ao santo padroeiro.

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Texto: Sem. Jonas Marciel (adaptado)